EM BUSCA DO EQUILÍBRIO

     Está se sentindo perdido? Seus pés andam sem direção? Seu coração está repleto de angústia? O dia parece ter perdido suas vinte e quatro horas? Talvez seja o momento de parar e respirar.  Na atualidade ficamos presos aos aparatos tecnológicos e somos tragados pelos veículos de comunicação televisivos. Ademais, há a jornada de trabalho que consome os minutos de nossa semana. Muitos, obviamente, devido a situação socioeconômica não possuem o privilégio de sentar e parar por um instante, precisam conquistar o pão de cada dia. Cada vez mais as jornadas de trabalho vem sendo intensificadas, diminuindo o nosso tempo para o ócio e a convivência com nós mesmos.

    O descanso é um direito universal. O nosso corpo, o cérebro e todos os membros necessitam de repouso para recarregar as energias. O descanso pode ser um espaço para autoconhecimento e reflexão sobre nossos atos. Numa ditadura da produtividade em que vivemos, dedicar um tempo ao "nada", para a sociedade pode até ser criminoso e imediatamente somos acusados de "preguiçosos". Relaxar é bom e faz bem para a saúde, inclusive impacta positivamente na nossa saúde mental e física, proporcionando uma reconstrução do nosso interior. Poderíamos evocar aqui um quesito importantíssimo para a vida: o equilíbrio. Nem a falta nem o excesso. Eis uma lei que deve ser seguida em unanimidade. 

    O equilíbrio deve ser a bússola mestre que pode nos guiar para um viver mais consistente. Creio que nesse limiar entre fazer ou nada fazer, há o equilíbrio, que pode  ser um momento para apreciar o que têm sido feito e o que há por realizar. Pode estar relacionado a estabilidade, ou seja, a capacidade de manter em  nível de igualdade o mundo pessoal e profissional; o interno e externo. Constantemente estamos preocupados em atender as expectativas dos outros e, assim, acabamos demandando em excesso de nós mesmos, exaurindo as emoções e tornando o corpo enfermo. Olhar para si deixa de ser uma tarefa fácil, pois exige compromisso e muita coragem. Nunca devemos nos deixar em último lugar, pois afinal não somos objetos e, sim, sujeitos.

    Vitor Lucas



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