QUAL O SENTIDO DA VIDA?

 

Poderia iniciar da forma mais banal e genérica conhecida: qual o sentido da vida? Essa pergunta já foi feita de várias maneiras e formas possíveis, tanto parece que ganhou status de provérbio. Para muitos de nós é uma busca intermitente, inexiste um ponto final ou uma linha de chegada. Filósofos, teólogos e pensadores das mais diversas áreas se debruçaram sobre essa questão ao longo da história da humanidade. Muitos se refugiam no ambiente religioso, seguindo uma determinada comunidade ou congregação. Outros, buscam o saber científico em busca de respostas que lhe preencham a sede de conhecer. Alguns caminham no limiar entre a ciência e a religiosidade, buscando suporte nesses dois mundos. Mesmo assim, continua a ser uma pergunta insaciável.

Para nós do espectro autista, a vida parece ter sentido? Essa questão talvez possua muita complexidade, impossível de dar solução em apenas um texto.  Gostaria que houvesse um caminho simples de percorrer, para que o leitor, ao final, não fique frustrado com a leitura, esperando um tipo de solução mágica. Entretanto, falar no “sentido de viver”, na minha concepção, diz respeito ao quão está satisfeito com sua trajetória e a construção de um significado e sentido para suas vivências. Encontrar algo que faça o coração pulsar de alegria, sorrir infinitamente, é uma tarefa extremamente árdua. Provavelmente, como muitos expõe, identifica-se uma semelhança entre a pergunta inicial e a seguinte afirmação: encontrar um propósito para viver. Traçar um caminho que lhe sirva de guia para se aprofundar mais em sua existência, servindo de aprendizado e realização. Conquistar o próprio sentido da vida é uma incógnita em desconstrução.

Por fim, pode soar estranho um menino tão jovem explanar em torno de uma temática que exige certo nível de maturidade e experiência. Nesse ponto, as pessoas de maior longevidade podem dizer melhor o que significa ter um sentido na vida, pois passaram por inúmeros desafios, obstáculos e vitórias. Contudo, posso sim estabelecer uma discussão sadia e proveitosa no que concerne à tão famigerada pergunta inicial: “qual o sentido da vida?”. Com certeza a resposta não é clara de momento e imperceptível aos olhos, todavia muito jovens que tenho, porém investigar talvez seja uma forma de desvendar a melhor saída e descobrir a si mesmo nessa jornada.

Vitor Lucas




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